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ASSUSTADOR: Profecia diz novos Papas escolhidos vai gerar o fim do m… Ver mais

Imagine um manuscrito medieval que antecipa, com assustadora precisão, a sucessão dos papas da Igreja Católica — até o fim do mundo. Essa é a essência da Profecia de São Malaquias, um dos documentos mais controversos e misteriosos da história religiosa ocidental. Esquecido por séculos e redescoberto apenas no fim do século XVI, ele continua a intrigar estudiosos, fiéis e teóricos da conspiração com sua narrativa envolta em símbolos, enigmas e presságios apocalípticos.

Embora não seja reconhecido oficialmente pelo Vaticano, o texto nunca deixou de provocar debates acalorados. Isso porque, de acordo com sua interpretação, estamos à beira do reinado do último papa da humanidade — e com ele, viria o juízo final.

O que diz a misteriosa lista profética atribuída a São Malaquias?

A origem da profecia remonta ao século XII, quando São Malaquias, arcebispo da cidade de Armagh, na Irlanda, teria recebido uma visão sobrenatural durante uma visita ao Vaticano. Nessa revelação mística, ele teria visto todos os papas que governariam a Igreja até o fim dos tempos. Não nomes diretos, mas sim 112 lemas simbólicos em latim — cada um representando um pontífice específico, desde Celestino II (1130) até um enigmático personagem final: Petrus Romanus.

O manuscrito, contudo, permaneceu perdido durante séculos. Foi somente em 1595 que o monge beneditino Arnold de Wyon publicou o texto no livro Lignum Vitae, reacendendo o interesse pelo suposto dom profético de Malaquias. A precisão com que muitos lemas descrevem os papas entre os séculos XII e XVI impressionou — mas também levantou suspeitas.

Após esse período, as correlações entre os lemas e os papas tornaram-se progressivamente vagas, levando alguns estudiosos a suspeitarem que as descrições anteriores à publicação foram fabricadas retroativamente, talvez com o objetivo de influenciar a escolha de um papa em um conclave.

Ainda assim, para muitos, o mistério permanece: seria essa profecia uma fraude bem elaborada ou um legítimo vislumbre do destino da Igreja?

“Pedro, o Romano”: quem é o último papa da humanidade segundo a profecia?

O trecho mais sombrio e inquietante da Profecia de São Malaquias refere-se ao 112º papa, identificado como Petrus RomanusPedro, o Romano. Diferentemente dos demais lemas curtos e simbólicos, essa última passagem é longa e carregada de presságios:

“Durante a derradeira perseguição à Santa Igreja Romana, reinará Pedro, o Romano, que apascentará suas ovelhas entre muitas tribulações; ao término dessas, a cidade das sete colinas será destruída, e o Juiz terrível julgará seu povo. Fim.”

Esse trecho final tem alimentado incontáveis especulações. Para alguns, Pedro, o Romano ainda está por vir. Para outros, ele já ocupa o trono de São Pedro, ainda que sob outro nome. E há os que veem no atual papa Francisco indícios de que estamos vivendo o último capítulo da sucessão papal.

Embora Jorge Mario Bergoglio, nascido na Argentina, não tenha qualquer relação direta com o nome “Pedro” ou com Roma, alguns defensores da profecia alegam que sua origem jesuíta, sua escolha inédita do nome “Francisco” e sua visão reformista da Igreja seriam sinais inequívocos de que estamos vivendo uma era de transição — ou de encerramento.

Importante lembrar que o papa Francisco é o 266º da história oficial da Igreja, mas, segundo a contagem da profecia, ele seria o 112º da lista iniciada com Celestino II — o que reforça a tensão em torno do cumprimento literal do texto.

Profecia divina ou manipulação histórica? A controvérsia sobre sua autenticidade

A validade da Profecia de São Malaquias é tema de debates intensos desde o século XVI. O principal ponto de questionamento é a ausência de qualquer menção ao documento antes de 1595. Nem mesmo os contemporâneos de São Malaquias registraram algo semelhante, o que sugere fortemente que o texto tenha sido forjado em um contexto político e eclesiástico conturbado.

Teólogos e historiadores apontam que os lemas anteriores à publicação são surpreendentemente precisos — citando referências a brasões, origens geográficas ou símbolos associados aos papas — enquanto os posteriores carecem de exatidão e exigem interpretações forçadas. Isso sugere que alguém pode ter construído a lista com base em conhecimento histórico até aquele momento, tentando dar uma aparência profética ao conteúdo.

Além disso, a Igreja Católica nunca reconheceu oficialmente a profecia, embora também não a tenha condenado formalmente. O Vaticano mantém uma postura de silêncio prudente, talvez para não alimentar ainda mais o misticismo em torno do texto.

Mas, apesar da desconfiança acadêmica, a profecia sobrevive ao tempo — e continua influenciando imaginários coletivos, especialmente em momentos de crise global, guerras ou escândalos dentro da própria Igreja.

Por que a Profecia de São Malaquias ainda fascina o mundo?

Mesmo cercada de dúvidas, a Profecia de São Malaquias continua a exercer um fascínio quase hipnótico sobre o público. Documentários, livros, vídeos no YouTube e debates em fóruns esotéricos mantêm vivo o interesse por esse texto antigo, que muitos veem como um reflexo simbólico das angústias e esperanças humanas em relação ao futuro.

Em tempos de instabilidade social, conflitos armados e questionamentos espirituais, a figura do “último papa” ressurge como um ícone apocalíptico. Para alguns, ele representa o fim da Igreja como a conhecemos. Para outros, o nascimento de uma nova era de fé, renovação e julgamento.

E ainda há curiosidades intrigantes:

  • A lista contém 112 lemas em latim, com estilos que variam de vagos a surpreendentemente específicos.
  • Um dos lemas mais enigmáticos, “De Medietate Lunae” (“Da Meia Lua”), é associado ao papa João Paulo I, que reinou por apenas 33 dias — quase um ciclo lunar completo.
  • A lista ficou perdida por mais de 400 anos, até ser redescoberta na Biblioteca do Vaticano por Arnold de Wyon.
  • Nenhum papa após 1595 parece corresponder de forma clara aos lemas, o que levanta dúvidas sobre a continuidade profética da lista.

Mais do que uma previsão literal, a profecia é frequentemente interpretada como uma metáfora sobre o declínio da espiritualidade e a transformação dos valores religiosos ao longo dos séculos.


Conclusão: o que realmente revela a Profecia dos Papas?

A Profecia de São Malaquias, seja autêntica ou forjada, continua a exercer uma poderosa influência simbólica sobre crentes e céticos. Sua existência diz mais sobre os medos, esperanças e mistérios da fé humana do que sobre uma sequência exata de eventos futuros. Ela não é apenas uma lista de papas — é um espelho do apocalipse que habita o imaginário coletivo.

E se Pedro, o Romano realmente estiver prestes a surgir, o que isso significa para o mundo moderno? Seria um sinal de fim? Ou de um recomeço espiritual?

O tempo, como sempre, será o juiz final desse enigma que atravessa os séculos.

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