Famoso cantor de forró perde a vida aos 39 anos após contrair vírus…Ver mais

Na terça-feira, 22 de abril, o universo da música brasileira amanheceu mais triste. Uma notícia devastadora abalou fãs, amigos e artistas: o cantor Gutto Xibatada, símbolo do forró na região Norte do país, faleceu vítima de complicações graves causadas pela monkeypox (Mpox).
Natural de Belém do Pará, Gutto — cujo nome de batismo era Augusto Demétrio Neto — tinha apenas 34 anos e uma carreira promissora, marcada por carisma, talento e amor pela cultura nordestina. Sua morte precoce escancarou não só a dor de uma despedida inesperada, mas também a seriedade de uma doença que muitos ainda subestimam.
A confirmação veio por meio das redes sociais da própria família, que decidiu compartilhar a triste realidade com os fãs do artista. A comoção foi imediata.

😷 O vírus silencioso: como a monkeypox tirou a vida de Gutto Xibatada
Segundo relatos emocionantes da irmã de Gutto, o cantor começou a apresentar os primeiros sintomas da monkeypox ainda na virada do ano. No entanto, optou por manter a situação em segredo, acreditando que conseguiria controlar a enfermidade sem preocupar seus entes queridos ou o público. Essa decisão, infelizmente, acabou dificultando o diagnóstico precoce e a eficácia do tratamento.
“Ele escondia tudo. Não queria que ninguém soubesse. Ia a lugares discretos, evitava fotos… Mas as bolhas começaram a se espalhar, e aí a situação saiu do controle”, relatou a irmã do artista em um vídeo divulgado nas redes.
O estado de saúde do cantor piorou drasticamente com o passar dos dias. A doença afetou não só sua pele, como também seu sistema respiratório — um agravante severo para quem, como ele, já sofria com asma crônica. Nos estágios finais, Gutto perdeu a capacidade de falar, enxergar e até de sentir. Já sem conseguir se alimentar, foi levado com urgência para o Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, em Belém, no dia 22 de abril. Mesmo com atendimento rápido da equipe médica e ingresso na UTI, ele não resistiu e faleceu poucas horas depois.
🎤 De enfermeiro a estrela do forró: a trajetória inspiradora de Gutto
Antes de se tornar um nome reconhecido nos palcos e nos eventos culturais do Norte, Gutto trilhou um caminho surpreendente. Formado na área da saúde, ele trabalhou por anos como enfermeiro, profissão que exercia com dedicação. Mas o coração de Gutto sempre bateu mais forte pela arte.
Aos 20 anos, decidiu se reinventar. Iniciou sua jornada artística como dançarino em grupos folclóricos, demonstrando desde cedo o carisma que encantaria multidões. Logo depois, descobriu na música sua verdadeira paixão e deu início à carreira de cantor de forró estilizado, conquistando espaço com sua voz potente, presença marcante e letras animadas.
Gutto Xibatada não era apenas um artista: ele era uma ponte entre culturas, uma referência regional que celebrava a riqueza musical do Pará e do Nordeste. Seu estilo inconfundível unia tradição e modernidade, e sua humildade fora dos palcos cativava quem cruzava seu caminho.
💔 Legado eterno e um alerta urgente: o que a morte de Gutto nos ensina
A partida precoce de Gutto Xibatada representa uma perda irreparável para a música brasileira. Ele não era apenas um talento em ascensão, mas também um embaixador da cultura paraense, levando o ritmo do forró aos quatro cantos com autenticidade e amor pelo que fazia. Seu falecimento deixa um vazio nos palcos, nas festas e no coração de quem acompanhava sua trajetória.
Mais do que uma tragédia pessoal e artística, a morte de Gutto lança luz sobre a seriedade da monkeypox, doença que ainda é pouco compreendida por grande parte da população. Embora considerada rara, a infecção pode evoluir para quadros graves, especialmente em pessoas com comorbidades ou sistemas imunológicos comprometidos.
É fundamental que casos suspeitos sejam tratados com responsabilidade. Negar ou esconder sintomas, como no caso de Gutto, pode ser fatal. O vírus pode causar lesões dolorosas, febre, inchaços e até comprometer órgãos vitais, como os pulmões. Buscar ajuda médica ao primeiro sinal de anormalidade é crucial.
A história de Gutto Xibatada é, acima de tudo, um alerta. Um lembrete de que artistas também são humanos, vulneráveis e sujeitos às mesmas dores que todos nós. Que sua partida sirva como aprendizado e, ao mesmo tempo, como celebração de uma vida que tocou tantas outras com alegria, música e verdade.
Conclusão
O Brasil se despede de Gutto Xibatada com tristeza, mas também com gratidão. Gratidão por sua arte, por sua coragem em trilhar novos caminhos, e por representar com orgulho suas raízes. Que sua memória inspire outras vozes a se erguerem — no forró e na vida. E que todos nós, enquanto sociedade, estejamos mais atentos, mais empáticos e mais conscientes diante de doenças que, embora silenciosas, podem ser fatais.