Notícias

Mãe encontra c0rp0 da filha dentro do banheiro junto com seu m… Ver mais

Na manhã do feriado de 1º de maio, o silêncio de um bairro em Jaraguá do Sul, Norte de Santa Catarina, foi rompido por uma tragédia brutal. Inara Karina Tribess, de apenas 25 anos, foi encontrada morta no banheiro de sua casa, vítima de um crime que abalou a cidade e evidenciou, mais uma vez, a urgência do combate à violência contra a mulher.

O feminicídio, crime que tira a vida de centenas de brasileiras todos os anos, fez mais uma vítima. E, dessa vez, a dor tem nome, rosto e história. Inara era jovem, tinha sonhos e esperanças, mas foi impedida de viver por alguém que dizia amá-la. O principal suspeito é seu próprio companheiro.


Uma mãe devastada: o grito silencioso de quem encontra a filha sem vida

Imagine o desespero de uma mãe que, ao ser alertada de uma possível agressão contra sua filha, corre até a casa dela e se depara com a cena mais angustiante de sua vida: a filha morta, caída no banheiro, com sinais claros de violência.

Foi exatamente isso que aconteceu com a mãe de Inara, uma mulher de 44 anos que, ao chegar à residência da filha na manhã de quinta-feira, encontrou o corpo da jovem já sem vida. A Polícia Militar confirmou que ela havia sido brutalmente assassinada. A cena era devastadora.

O crime, segundo as investigações iniciais, teria ocorrido por volta das 5h da manhã. Mas o corpo só foi encontrado às 8h16. A perícia apontou que Inara foi estrangulada, vítima de mais um caso de feminicídio – crime motivado por violência de gênero.


O assassino está foragido: o rastro da fuga e os antecedentes que não podem ser ignorados

Logo após o crime, o suspeito — companheiro de Inara, um homem de 26 anos — fugiu do local. Câmeras de segurança flagraram o veículo utilizado na fuga, um GM Astra, transitando pela BR-101, na altura de Barra Velha, pouco depois do horário estimado do assassinato.

A Polícia Militar já identificou o suspeito, que possui antecedentes criminais por tráfico de drogas. Até o momento, ele segue foragido, o que aumenta ainda mais a angústia da família e da comunidade local, que clama por justiça.

Segundo informações da polícia, Inara também teria envolvimento com atividades ilícitas. No entanto, nenhuma circunstância — absolutamente nenhuma — justifica a violência cruel com que sua vida foi tirada. O passado da vítima não anula sua humanidade, nem sua dignidade.


A dor de Inara é o reflexo de um país que falha em proteger suas mulheres

A tragédia reacendeu um debate que precisa permanecer vivo e urgente: o feminicídio no Brasil. O país está entre os que mais matam mulheres no mundo, especialmente dentro de casa, pelos próprios parceiros ou ex-companheiros. A casa, que deveria ser um lugar de proteção, continua sendo palco de medo, violência e morte para muitas mulheres brasileiras.

O assassinato de Inara não pode ser apenas mais um número nas estatísticas alarmantes da violência de gênero. Cada vida perdida representa um grito sufocado, uma história interrompida, uma família destruída.

Jaraguá do Sul, assim como tantas outras cidades, se viu mergulhada em luto. A comoção tomou conta da comunidade, que acompanha com indignação e tristeza mais esse capítulo sombrio da realidade feminina no Brasil. Enquanto o agressor segue livre, uma mãe chora, uma filha se cala para sempre e um alerta ecoa: é preciso agir antes que seja tarde demais.


A urgência de romper o ciclo: políticas públicas, proteção e justiça imediata

O feminicídio é uma chaga social que precisa ser tratada com seriedade, urgência e políticas públicas eficazes. Não basta lamentar após cada tragédia. É preciso investir em educação, proteção, acolhimento e punições rigorosas para os agressores.

Casos como o de Inara expõem falhas graves no sistema de proteção às mulheres. Quantas denúncias são ignoradas? Quantas vítimas são desacreditadas? Quantas mães ainda vão precisar enterrar suas filhas antes de algo mudar?

A justiça precisa ser feita, e a sociedade não pode mais normalizar ou silenciar essas mortes. É hora de romper com a cultura da violência, que ainda romantiza o controle, banaliza o ciúme e ignora os sinais de agressividade em relacionamentos.

A morte de Inara Karina Tribess deve servir como um marco de reflexão e ação. Para que sua memória não se perca, que ela inspire movimentos, ações e decisões que realmente salvem vidas. Que sua história se torne um grito por todas as que não podem mais falar.

Mostrar mais

Artigos relacionados