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URGENTE: Após ordem de Moraes, Silas Malafaia acaba de ser p… Ver mais

🚨 Passaportes cancelados: STF impede Silas Malafaia de deixar o Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ocupar o centro das atenções nesta quarta-feira (14), ao adotar medidas rigorosas contra o pastor Silas Malafaia. A decisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, determinou o cancelamento de todos os passaportes do líder religioso, tanto nacionais quanto estrangeiros, além da proibição de deixar o território brasileiro.

Malafaia foi intimado a entregar os documentos à Polícia Federal em até 24 horas, sob pena de descumprimento judicial. A PF também está impedida de emitir novos passaportes em seu nome, numa tentativa de fechar qualquer possibilidade de fuga.

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores foi notificado para reforçar os controles em fronteiras terrestres e alertar autoridades internacionais. O movimento remete ao caso da deputada Carla Zambelli (PL), que tentou atravessar a fronteira com a Argentina antes de ser obrigada a regressar.

A mensagem é clara: o Supremo não pretende tolerar manobras de evasão em casos que envolvem ataques ao Estado Democrático de Direito.


⚖️ Proibição de contato: Malafaia isolado de aliados bolsonaristas

As medidas não se restringem ao bloqueio de viagens. Moraes também impediu Malafaia de manter contato com todos os investigados ligados ao núcleo de Jair Bolsonaro (PL).

Uma das restrições mais rigorosas atinge o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente está nos Estados Unidos. O pastor está proibido de manter qualquer tipo de comunicação, seja direta ou indireta, até mesmo por intermédio de terceiros.

A decisão reflete a preocupação do STF com possíveis articulações paralelas fora do alcance da Justiça. Segundo Moraes, o risco é de que conversas e estratégias possam obstruir investigações em andamento e alimentar novas campanhas de desinformação.


📌 “Campanha criminosa”: PF aponta tentativas de obstrução

Na decisão, Alexandre de Moraes citou relatórios da Polícia Federal que indicam a existência de uma “campanha criminosa” supostamente voltada a dificultar apurações e intimidar ministros do STF.

Segundo o magistrado, os elementos reunidos pela investigação revelam ameaças de coação e estratégias de enfraquecimento das ações penais. Para Moraes, as condutas de Malafaia guardam semelhança com as práticas já analisadas no inquérito das milícias digitais — que investiga redes de ataques coordenados contra instituições democráticas.

Esse contexto foi decisivo para a adoção de medidas cautelares mais severas. O ministro destacou que a permanência de Malafaia em plena liberdade poderia colocar em risco tanto a ordem pública quanto o andamento da investigação.


📱 A influência direta sobre Jair Bolsonaro e as redes sociais

O documento do STF também lança luz sobre a influência estratégica de Malafaia sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com os autos, publicações feitas pelo ex-chefe do Executivo teriam sido articuladas previamente com o pastor, evidenciando um elo entre discurso político, religioso e digital.

Esse ponto foi determinante para a decisão de Moraes. Segundo ele, a atuação de Malafaia não se limita a declarações isoladas, mas estaria conectada a um sistema organizado de comunicação política, que mistura religião, mobilização social e presença digital para ampliar seu alcance.

O vínculo direto com Bolsonaro e a articulação nas redes sociais reforçam a percepção do STF de que o pastor desempenha um papel ativo na manutenção de narrativas que buscam fragilizar as instituições democráticas.


🌍 Investigação se expande: Malafaia formalmente incluído em inquérito da PF

O pastor foi oficialmente incluído em um inquérito da Polícia Federal que investiga tentativas de obstrução da Justiça. O foco inicial do processo está nas movimentações do deputado Eduardo Bolsonaro no exterior, especialmente nos Estados Unidos, onde buscaria apoio político e diplomático para pressionar autoridades brasileiras.

Além de Eduardo, outros nomes como Jair Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo já figuram entre os investigados. A inclusão de Malafaia foi feita após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que entendeu haver indícios suficientes de envolvimento.

Essa ampliação do inquérito confirma o avanço da apuração em direção a setores centrais do bolsonarismo, consolidando um cenário de forte embate entre Judiciário e aliados do ex-presidente.


🔥 Confronto direto: ataques de Malafaia a Alexandre de Moraes

Mesmo sob medidas restritivas, Silas Malafaia tem intensificado suas críticas públicas ao Supremo e, em especial, a Alexandre de Moraes. No último dia 3, o pastor organizou atos em defesa de Jair Bolsonaro e dos investigados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília.

Nesta quarta-feira, em um vídeo divulgado nas redes sociais, Malafaia elevou ainda mais o tom: afirmou que Moraes “deveria ser preso” e chegou a chamá-lo de “criminoso”.

O discurso inflamado reforça o clima de confronto aberto entre setores bolsonaristas e o STF. A escalada do tom, somada às medidas impostas, indica que o embate institucional tende a se intensificar nos próximos meses, criando novos capítulos de tensão na política brasileira.


📌 Conclusão:
O caso Silas Malafaia vai muito além de restrições pessoais. Ele simboliza uma disputa mais ampla entre o Supremo Tribunal Federal e lideranças alinhadas ao bolsonarismo. De um lado, a Justiça busca conter o avanço de estratégias que considera uma ameaça ao Estado Democrático de Direito. De outro, figuras políticas e religiosas articulam resistência, alimentando a polarização e abrindo espaço para novos confrontos no cenário nacional.

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