Avião acaba de cair em São Paulo, e não deixa sobreviventes: “Todos esta…Ver Mais

Na manhã desta terça-feira, 1º de julho, o cenário tranquilo da Vila Azul, em São José do Rio Preto (SP), foi interrompido por uma cena dramática e devastadora. Um avião de pequeno porte, modelo Paulistinha CAP-4, caiu por volta das 11h50, logo após decolar do aeroporto Eribelto Manoel Reino. A bordo estavam duas pessoas: um instrutor e seu aluno, ambos perderam a vida no impacto.
“Ouvi um barulho forte, parecia uma explosão”: Moradores vivem momentos de pânico
O céu estava limpo e a manhã seguia normalmente no bairro, até que o som de uma explosão mudou tudo. “Ouvi um barulho forte, parecia uma explosão. Corri para fora de casa e vi fumaça subindo. Fiquei em choque”, relatou Dona Lurdes, moradora da região há mais de 30 anos.
Segundo testemunhas, o avião voava em baixa altitude e demonstrava instabilidade antes da queda. Em segundos, o impacto contra o solo provocou comoção, correria e desespero entre os moradores que se depararam com a cena. Crianças que brincavam na rua foram rapidamente levadas para dentro de casa pelos pais, temendo novos perigos.
Instrutor e aluno estavam a bordo: vítimas não resistiram à violência do impacto
A aeronave pertencia ao Aeroclube de São José do Rio Preto, instituição conhecida por realizar treinamentos com o modelo Paulistinha, usado para instrução de novos pilotos. Poucos minutos após a decolagem, o avião caiu, arremessando seus ocupantes para fora da cabine devido à força do impacto.
O Capitão Rodrigo Lopes, que esteve à frente dos primeiros atendimentos no local, lamentou a fatalidade. “A princípio, se trata de uma aeronave leve, utilizada para instrução, vulgarmente conhecida como Paulistinha. No momento, as informações indicam que estavam a bordo um instrutor e um aluno. Infelizmente, os dois foram encontrados em óbito”, afirmou ele diante das equipes de resgate e da imprensa.
Mobilização imediata: bombeiros, Polícia Científica e helicóptero Águia atuam no local
Assim que o acidente foi registrado, o Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou rapidamente à área do impacto. A cena encontrada foi devastadora: destroços espalhados e nenhuma chance de socorro às vítimas. O helicóptero Águia da Polícia Militar também foi deslocado para dar apoio às equipes em terra, ajudando a isolar a área e garantir segurança na operação.
Equipes da Polícia Científica iniciaram os trabalhos de perícia para levantar os detalhes da queda. Enquanto isso, o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foi chamado para liderar a investigação técnica e minuciosa sobre o que pode ter causado a tragédia.
Hipóteses sob investigação: falha mecânica ou condições climáticas podem ter contribuído
Embora os motivos exatos da queda ainda sejam desconhecidos, especialistas no setor aeronáutico levantam algumas hipóteses iniciais. As condições climáticas da manhã eram consideradas favoráveis, mas ainda assim serão analisadas com rigor. Outra possibilidade cogitada é a falha mecânica.
O Paulistinha CAP-4, conhecido por sua robustez e longevidade, é um modelo antigo e amplamente utilizado em aeroclubes. No entanto, seu uso exige manutenção frequente e detalhada, justamente por ser uma aeronave com décadas de existência.
Até o momento, o Aeroclube de São José do Rio Preto não emitiu comunicado oficial. No entanto, pessoas próximas à entidade relataram que o instrutor era considerado um profissional experiente, cuidadoso e apaixonado pela aviação. “Era alguém apaixonado por voar, sempre muito atento à segurança. É uma perda que atinge todos nós”, disse um ex-aluno que preferiu não se identificar.
Dor, luto e silêncio: comunidade abalada pela tragédia aérea
A Vila Azul amanheceu em choque, e ao longo do dia o clima de luto e tristeza só se intensificou. A área foi isolada, e a presença de viaturas, bombeiros e equipes de perícia mudou completamente a rotina do bairro. Curiosos se aproximaram, mas a maioria dos moradores observava em silêncio, ainda tentando processar o ocorrido.
O sentimento também tomou conta dos familiares das vítimas, que começaram a chegar ao local para o doloroso processo de reconhecimento dos corpos. O ambiente, marcado por tristeza, foi acompanhado de manifestações de solidariedade e respeito por parte dos vizinhos e profissionais envolvidos no resgate.
Investigação do CENIPA deve levar semanas, mas dor já é irreparável
A investigação técnica sobre a queda do Paulistinha será conduzida pelo CENIPA e deverá durar semanas ou até meses, considerando a complexidade do caso e a necessidade de análises detalhadas dos componentes da aeronave, histórico de manutenção, condições climáticas e testemunhos.
Enquanto isso, a dor da perda já ecoa em todos os cantos de São José do Rio Preto. Uma tragédia que não apenas tirou vidas, mas também abriu feridas emocionais em uma comunidade inteira que, nesta terça-feira, viu seu céu se tornar palco de uma despedida cruel e inesperada.



