Descanse em paz: Jovem de 12 anos morre dentro de casa após pisar em f… Ver mais

Um dia comum vira pesadelo: o acidente que abalou Cerejeiras

Na tarde da última segunda-feira, 24 de junho, o município de Cerejeiras, no interior de Rondônia, foi surpreendido por uma tragédia comovente. Ester Dalla Libera Lohamann, uma jovem de apenas 12 anos, perdeu a vida após sofrer uma descarga elétrica dentro da própria casa. O que deveria ser uma rotina tranquila antes do treino de vôlei acabou se transformando em uma história de dor, comoção e alerta para toda a comunidade.

Segundo relatos apurados por moradores e familiares, Ester estava prestes a sair de casa para treinar quando tocou, acidentalmente, em uma cerca improvisada eletrificada — montada com o objetivo de conter os cães da família. Essa “solução emergencial”, porém, custou a vida da menina.

A armadilha invisível: como a eletricidade causou a tragédia

De acordo com informações preliminares, a cerca improvisada havia sido ligada diretamente a uma tomada elétrica utilizando dois fios desencapados. O improviso, que parecia inofensivo, era na verdade uma armadilha silenciosa ativada há dias — um perigo real à espreita.

No momento do acidente, Ester tocou na estrutura energizada e recebeu um choque extremamente forte. Ela ainda conseguiu gritar por socorro, mas quando sua mãe chegou, encontrou a menina já desacordada, caída nas proximidades do portão de acesso à varanda.

Vizinho e amigos, em desespero, correram para ajudar. Ester foi rapidamente levada a uma unidade de saúde da região, onde equipes médicas tentaram reanimá-la. No entanto, apesar de todos os esforços, a jovem não resistiu e teve sua morte confirmada no mesmo dia.

Luto coletivo: a despedida comovente de uma menina cheia de sonhos

A morte precoce de Ester provocou uma onda de comoção que atravessou muros escolares, igrejas, redes sociais e os corações de toda a cidade. Aluna dedicada do oitavo ano do ensino fundamental em uma escola estadual local, ela era descrita por professores e colegas como uma menina doce, alegre, envolvida com os estudos e apaixonada por esportes.

A escola decretou luto oficial e prestou homenagens públicas à estudante, com mensagens de solidariedade, orações e muito choro. Em nota, a instituição declarou:
“Ester era uma luz em nossa comunidade escolar. Sua partida precoce nos deixa em luto profundo. Nossos sentimentos à família e amigos.”

Nas redes sociais, amigos, professores e moradores compartilharam lembranças da jovem e expressaram sua dor com mensagens como:
“Não dá para acreditar. Uma menina cheia de vida, com tantos planos. Que Deus conforte a família.”

O perigo mora ao lado: os riscos reais das improvisações elétricas

Casos como o de Ester expõem um problema silencioso, mas extremamente comum em residências brasileiras: instalações elétricas improvisadas. Muitas vezes vistas como soluções rápidas e econômicas, essas adaptações podem se transformar em armadilhas letais.

Especialistas em segurança elétrica alertam que fios mal isolados, extensões adaptadas e estruturas energizadas sem aterramento são responsáveis por centenas de acidentes domésticos todos os anos.
Confira os principais riscos envolvidos:

• Fiações expostas: podem gerar choques fatais em crianças, animais ou adultos desavisados;
• Extensões ou gambiarras elétricas: ligadas diretamente à tomada, sem isolamento adequado, são foco de superaquecimento e faíscas;
• Sobrecarga de circuitos: o uso descontrolado de benjamins e adaptadores leva à queima de aparelhos e até incêndios;
• Falta de aterramento: sem esse sistema de proteção, qualquer fuga de corrente pode causar choques graves ou até morte.

Como evitar novas tragédias? Dicas de segurança para todos os lares

Prevenir acidentes elétricos não exige altos investimentos, mas sim conhecimento, responsabilidade e atenção aos detalhes. Pequenos cuidados fazem toda a diferença quando o assunto é proteger vidas dentro de casa. Veja algumas recomendações dos profissionais de segurança:

• Contrate eletricistas certificados para qualquer tipo de instalação ou manutenção elétrica;
• Evite usar fios improvisados ou extensões desgastadas, principalmente em áreas externas ou molhadas;
• Instale disjuntores diferenciais (DRs), que cortam a energia automaticamente em caso de fuga de corrente;
• Faça revisões periódicas na rede elétrica da casa, identificando pontos de aquecimento, sobrecarga e desgaste;
• Mantenha crianças e animais longe de tomadas, fios e objetos metálicos conectados à rede elétrica.

Essas ações simples podem ser a diferença entre a vida e a morte, especialmente em lares com crianças pequenas — como era o caso da família de Ester.

Um alerta que não pode ser ignorado: a dor que precisa gerar mudança

O falecimento de Ester Dalla Libera Lohamann deixou um vazio irreparável em sua família, escola e comunidade, mas também gerou um alerta urgente: não se pode brincar com a eletricidade. A perda de uma vida tão jovem poderia ter sido evitada com medidas básicas de segurança.

O caso está sendo investigado pelas autoridades locais, que agora buscam esclarecer as circunstâncias exatas da morte. Enquanto isso, Cerejeiras, uma cidade acostumada com a tranquilidade do interior, mergulha no luto, tentando encontrar respostas para uma dor que não faz sentido.

Ester era apenas uma menina com sonhos simples — brincar, estudar, jogar vôlei. Sua história, infelizmente interrompida, agora se transforma em um símbolo de alerta. Que sua partida nos ensine que nenhuma improvisação vale mais do que uma vida.