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FIM DO TEMPOS: Filho de 14 anos MȺTȺ mãe pai e irmã, tudo porque ele n… Ver mais

A pacata Itaperuna, localizada no interior do Rio de Janeiro, jamais será a mesma após a manhã de 25 de junho. O que antes era apenas mais uma tranquila quarta-feira se transformou em um marco de terror e incredulidade para seus moradores. Um adolescente de apenas 14 anos confessou ter assassinado brutalmente os próprios pais e o irmão caçula, de apenas 3 anos, motivado pela frustração de ter sido impedido de viajar para outro estado.

“Uma confissão fria, detalhada e absolutamente estarrecedora”, definiu um dos investigadores que acompanharam o depoimento do menor. A tragédia abalou não só a família envolvida, mas toda a estrutura emocional da cidade.


O Desaparecimento Misterioso que Revelaria um Crime Inimaginável

Tudo começou com o silêncio. Desde o sábado anterior ao crime, familiares tentavam, sem sucesso, contato com o casal e o filho pequeno. A avó materna, sentindo que algo estava errado, resolveu procurar a delegacia na terça-feira, 24 de junho, para relatar o desaparecimento da filha, do genro e do neto de 3 anos.

O que chamou a atenção foi a presença serena do neto mais velho — o próprio autor confesso do crime — que acompanhava a avó à delegacia. Com comportamento calmo, ele não levantou suspeitas imediatas, o que tornou a revelação seguinte ainda mais perturbadora. A polícia, ao visitar a casa da família, encontrou indícios que acenderam o alerta: roupas com manchas suspeitas, objetos fora do lugar e um odor forte vindo do quintal.

Foi então que os agentes decidiram verificar a cisterna da residência — e o horror foi revelado.


O Segredo Oculto no Quintal: Corpos Escondidos em Cisterna Abalam Policiais

Dentro da cisterna estavam os corpos dos pais e do irmão do adolescente, já em avançado estado de decomposição. O choque tomou conta da equipe de investigação. A descoberta do crime transformou o que era uma busca por desaparecidos em uma investigação de triplo homicídio.

Confrontado com a realidade exposta, o jovem não hesitou em confessar. Em tom tranquilo e quase mecânico, narrou que esperou seus pais adormecerem e, utilizando uma arma de fogo do próprio pai, cometeu os assassinatos.

Segundo ele, após tirar a vida do casal, dirigiu-se ao quarto do irmão pequeno e também o matou. Depois, tentou ocultar os corpos na cisterna, na esperança de apagar os rastros do crime. O mais aterrador: nos dias seguintes, ele seguiu vivendo normalmente, inclusive participando da denúncia do desaparecimento junto à avó.


Um Crime Friamente Calculado: “Esperou Todos Dormirem”, Disse Delegado

“É difícil acreditar que um garoto dessa idade tenha sido capaz de um ato tão calculado e frio”, disse um dos delegados responsáveis pelo caso. A confissão causou comoção até mesmo entre os policiais mais experientes da 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna.

O menor foi apreendido e responderá por ato infracional análogo a homicídio triplamente qualificado, além de ocultação de cadáver. Por se tratar de um adolescente, sua identidade está sendo preservada conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A Polícia Civil segue investigando o caso, levantando hipóteses sobre o estado emocional do jovem e possíveis influências externas. Haveria algum tipo de perturbação mental envolvida? Ele teria agido sozinho ou sob influência de terceiros? As respostas, por enquanto, permanecem nebulosas.


Por Que um Jovem Decide Matar? Especialistas Buscam Explicações

Casos extremos como este são raríssimos, mas não inéditos. Psicólogos e psiquiatras infantis afirmam que ações tão violentas por parte de adolescentes geralmente têm ligação com uma combinação de fatores como conflitos familiares intensos, ausência de acompanhamento psicológico, traumas mal resolvidos e, em alguns casos, transtornos mentais severos.

A justificativa dada pelo próprio autor — a proibição de viajar para encontrar alguém — levanta sérias questões. “É improvável que apenas uma negativa dos pais tenha sido suficiente para gerar tamanha violência. É possível que o desejo de partir escondesse outros sentimentos mais profundos, como sensação de aprisionamento, falta de diálogo, solidão ou até sofrimento psicológico não verbalizado”, pontua a psicóloga criminalista Dra. Marina Costa.

Por enquanto, porém, não há registros que indiquem que a família vivia em ambiente violento ou desestruturado. “Era uma família comum, sem histórico de conflitos graves”, relatou um vizinho, ainda em estado de choque.


O Silêncio Após o Grito: Itaperuna Chora, e o Brasil Questiona

Enquanto os corpos passam por exames no Instituto Médico Legal e as investigações prosseguem, o clima em Itaperuna é de luto e perplexidade. Famílias inteiras acompanham o caso com indignação e tristeza. Nas redes sociais, moradores relatam medo, tristeza e dificuldade de explicar o episódio aos próprios filhos.

A tragédia também reacende debates profundos sobre a maioridade penal, os limites da responsabilidade juvenil e a importância da saúde mental nas famílias brasileiras. “Como ninguém percebeu nenhum sinal? Como um jovem de 14 anos planejou algo tão brutal sem levantar suspeitas?”, são perguntas que ecoam pelas ruas e nas redes.

Enquanto isso, uma cidade antes conhecida pela tranquilidade agora carrega uma cicatriz que levará tempo para cicatrizar — se é que algum dia irá.


Considerações Finais: Um Alerta Que Não Pode Ser Ignorado

O caso de Itaperuna ultrapassa o noticiário policial. É um espelho sombrio das falhas sociais, emocionais e institucionais que muitas vezes passam despercebidas até que seja tarde demais.

É preciso, mais do que nunca, abrir espaço para o diálogo dentro das famílias, nas escolas e nos ambientes comunitários. Prevenir tragédias como esta começa com escuta, acompanhamento psicológico e ações preventivas, principalmente quando se trata de adolescentes em formação.

Para Itaperuna, o 25 de junho de 2025 jamais será esquecido. Mas para o restante do país, talvez ainda haja tempo de aprender com esse grito silencioso vindo do interior do Rio de Janeiro.

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