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Chega triste notícia sobre Brasileira que caiu em Vulcão, infelizmente ela n… Ver mais

O que era para ser uma viagem de sonhos pela Ásia se transformou em um pesadelo de sobrevivência e medo. Juliana Marins, de 26 anos, deixou o Brasil sozinha em busca de novas experiências e paisagens de tirar o fôlego. E conseguiu — mas de uma forma que ninguém jamais desejaria.

Na última sexta-feira, durante uma trilha pelo desafiador Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, Juliana sofreu um acidente grave. Ao tentar atravessar um trecho rochoso e instável, ela escorregou e despencou por cerca de 300 metros em um dos desfiladeiros da montanha. Desde então, sua vida depende de um resgate que se mostra cada vez mais complexo e arriscado.

Uma queda brutal e um cenário de resgate marcado por incertezas

O local onde Juliana caiu é descrito por especialistas como uma das áreas mais perigosas da região. O terreno íngreme, a instabilidade do solo e a neblina constante tornam qualquer tentativa de aproximação um desafio extremo. Equipes de resgate locais conseguiram descer aproximadamente 250 metros, mas ainda restam cerca de 350 metros de uma encosta traiçoeira para alcançar a jovem brasileira.

No domingo, por volta das 16h, no horário local (5h da manhã em Brasília), as operações de resgate foram temporariamente suspensas devido à piora repentina nas condições climáticas. Uma densa camada de neblina cobriu o trecho da montanha, associada a uma alta umidade que reduziu a visibilidade a praticamente zero.

“Impossível continuar com segurança”, afirmaram os líderes da equipe de resgate. Durante toda a noite, uma equipe de suporte permaneceu no local, monitorando a situação e aguardando uma melhora nas condições para retomar a descida assim que o dia amanhecesse.

Enquanto isso, um detalhe chama a atenção: o Parque Nacional de Rinjani permanece aberto ao público, e turistas continuam transitando pela mesma trilha onde Juliana sofreu o acidente. Essa decisão tem gerado revolta entre os familiares da jovem e especialistas em segurança de montanhismo.

Uma sobrevivente frágil, desprotegida e à mercê das condições extremas

As informações sobre o estado de saúde de Juliana são poucas, mas o que se sabe é alarmante. Desde o acidente, ela está completamente exposta ao clima rigoroso da montanha. Sem acesso a alimentos, água potável ou qualquer abrigo, Juliana enfrenta noites geladas e dias de calor abafado, vestindo apenas uma calça jeans, camiseta, um par de tênis e luvas finas.

Outro agravante é que, durante a queda, os óculos de Juliana se perderam. Como ela sofre de miopia, está praticamente sem visão, o que limita ainda mais suas chances de se proteger ou buscar ajuda.

A confirmação de sua localização só foi possível graças a um grupo de turistas espanhóis que, por coincidência, passava pela região horas após o acidente. Eles encontraram Juliana deitada entre as pedras, visivelmente debilitada e sem condições de se mover. O grupo registrou imagens da jovem e divulgou o caso nas redes sociais para pedir ajuda internacional e tentar localizar a família no Brasil.

As cenas são impactantes: Juliana aparece imóvel, cercada por rochas e com sinais claros de exaustão extrema.

Dor, revolta e cobranças por respostas: a luta da família no Brasil

Do outro lado do mundo, em Niterói (RJ), a família de Juliana vive dias de angústia. Mariana Marins, irmã da jovem, tornou-se a principal porta-voz da família, usando as redes sociais para fazer apelos e cobrar providências.

Em declarações emocionadas, Mariana não esconde a indignação com a condução da situação por parte da agência de turismo responsável pela trilha. Segundo ela, a família recebeu informações desencontradas, além de promessas de resgate que não se concretizaram. Mariana acusa a empresa de falhas graves na comunicação e na logística de salvamento.

“Ela pode morrer ali. Isso é um absurdo”, desabafou Mariana, em uma entrevista recente.

Outro fator que aumentou o drama foi o relato de que, após a queda inicial, Juliana ainda escorregou mais uma vez devido ao aumento da umidade e ao surgimento repentino de uma neblina espessa. Enfraquecida, sem forças para se segurar nas pedras, ela desceu ainda mais na encosta, tornando o resgate ainda mais complexo.

Uma espera angustiante enquanto o mundo acompanha o desfecho

Neste momento, enquanto esta matéria é finalizada, Juliana Marins continua isolada e à espera de resgate. Ela enfrenta um dos ambientes mais hostis do sudeste asiático, com temperaturas que despencam durante a noite e a ameaça constante de chuvas e novos deslizamentos.

A comunidade brasileira, montanhistas profissionais, voluntários internacionais e internautas de vários países têm se mobilizado em redes sociais para pressionar as autoridades locais e pedir agilidade na operação.

A pergunta que ecoa entre todos é uma só: até quando o corpo debilitado de Juliana resistirá?

A cada hora que passa, a tensão aumenta. Uma história que começou com o desejo de conhecer o mundo agora se desenrola como um drama de sobrevivência, acompanhado com preocupação por pessoas de diversos cantos do planeta.

Enquanto nas encostas frias e perigosas do Monte Rinjani uma vida pende por um fio, o mundo aguarda, com o coração apertado, o desfecho dessa história que ninguém gostaria de contar.

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