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Idoso finge a própria morte e surpreende ao “ressuscitar” no velório para descobrir quem realmente se importava com ele

Um funeral como outro qualquer… até que o “morto” se levantou

À primeira vista, tudo parecia dentro do esperado em uma pequena vila de Madhya Pradesh, na Índia. O cortejo seguia silencioso, o caixão cercado por flores, monges entoando cânticos e o choro sincero de parentes e vizinhos que lamentavam a partida de Mohan Lal, um respeitado militar aposentado da Força Aérea Indiana.
Mas o que ninguém imaginava é que aquele funeral seria um dos momentos mais inacreditáveis já presenciados na comunidade. Quando o caixão foi colocado junto à pira de cremação, o “falecido” simplesmente se levantou — vivo.

Em instantes, o clima de dor transformou-se em pânico. Gritos ecoaram, algumas pessoas desmaiaram e outras fugiram acreditando estar diante de um fantasma. A cena, filmada por curiosos, viralizou nas redes sociais e ganhou destaque em toda a Índia.


O experimento que virou lenda: “Eu queria saber quem viria ao meu velório”

Mohan Lal, de 70 anos, sempre foi conhecido pelo comportamento excêntrico e curioso. Segundo contou à imprensa local, ele vinha alimentando a mesma dúvida havia anos: “Quem realmente viria ao meu funeral?”
Movido por essa inquietação, decidiu transformar a pergunta em um “experimento social”. Organizou tudo com perfeição militar — contratou músicos, convidou monges para as orações, alugou um veículo fúnebre e preparou seu próprio caixão.

Disse a todos que o evento seria o funeral de um “parente distante”, mas logo espalhou-se a notícia de que o próprio Mohan havia morrido após uma breve doença. Assim, centenas de pessoas compareceram, chorando, rezando e recordando histórias do homem que sempre fora admirado na comunidade.


Entre o choque e a reflexão: o despertar do “morto”

O auge do espanto veio no momento derradeiro. Quando o corpo coberto pela mortalha branca foi depositado diante da pira de cremação, Mohan começou a se mover lentamente. Ergueu o tronco, retirou o pano do rosto e olhou em volta, observando a multidão paralisada.
“Foi como se o tempo tivesse parado”, contou uma testemunha ao jornal local. “Ninguém conseguia acreditar. Achamos que era um milagre, ou uma maldição.”

Depois do susto, o veterano tentou acalmar os presentes e explicou que sua intenção nunca foi zombar da dor alheia. “Sempre escutamos elogios depois que morremos. Eu quis ouvi-los enquanto ainda posso agradecer”, declarou em entrevista a uma emissora indiana.


Amor, solidão e hipocrisia: o debate que abalou a Índia

O caso dividiu opiniões em todo o país. Para alguns, o gesto foi cruel, uma afronta às tradições e ao respeito pela morte. Já outros o enxergaram como um espelho da sociedade moderna — um alerta sobre o quanto ignoramos os sentimentos dos idosos até que seja tarde demais.
Psicólogos e comentaristas apontaram que o “funeral em vida” de Mohan Lal reflete uma dor silenciosa: a solidão crescente entre os mais velhos. “Muitos idosos sentem-se invisíveis. Quando alguém chega ao ponto de encenar o próprio velório, não está apenas curioso — está pedindo para ser notado”, explicou uma especialista citada pela mídia indiana.

O episódio reacendeu discussões sobre empatia, abandono familiar e a importância de expressar amor em vida, não apenas na despedida final.


Entre críticas e aplausos: o homem que virou lenda local

Apesar das reações negativas, Mohan Lal conquistou um novo status na vila: o de celebridade local. Pessoas de toda a região o visitam para ouvir sua história e tirar fotos com “o homem que voltou do próprio funeral”.
Amigos próximos afirmam que ele está saudável, mais sociável e até ganhou um apelido carinhoso. “Agora todo mundo o chama assim: ‘o homem que enganou a morte’”, brincou um vizinho.

Mesmo com o alvoroço, Mohan diz não se arrepender do que fez. “A vida é curta demais para esperar que as pessoas digam que gostam de você depois que partiu. Prefiro ouvir isso agora”, afirmou.


A mensagem que ficou: amar antes que seja tarde

Independentemente das críticas, o experimento de Mohan Lal deixou uma lição poderosa. Seu gesto, entre o excêntrico e o filosófico, nos obriga a pensar sobre nossas próprias atitudes.
Quantas vezes deixamos de dizer “eu te amo”? Quantas vezes ignoramos quem só queria um pouco de atenção?
Talvez, como ensinou o “homem que voltou do próprio funeral”, o verdadeiro erro não esteja em simular a morte, mas em viver cercado de pessoas e ainda assim sentir-se invisível.

Porque, no fim das contas, de que servem flores no caixão se quem partiu já não pode sentir o perfume?

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