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🎥 Vídeo: Tragédia devastadora — colisão entre dois ônibus deixa 46 mortos e veículos totalmente destruídos

Uma madrugada de horror nas estradas de Uganda

A madrugada desta quarta-feira (22) ficará marcada como uma das mais trágicas do ano em Uganda. Pelo menos 46 pessoas perderam a vida e dezenas ficaram feridas após uma colisão frontal devastadora entre dois ônibus, na rodovia que liga Kampala, capital do país, à cidade de Gulu, no norte. O acidente aconteceu pouco depois da meia-noite, em um trecho notório pelo alto número de ocorrências fatais.

De acordo com relatos da polícia local, tudo indica que um dos motoristas tentou uma ultrapassagem em um ponto de visibilidade extremamente reduzida. O outro ônibus, vindo em sentido contrário, tentou desviar, mas acabou perdendo o controle do veículo. O choque foi tão violento que envolveu ainda dois automóveis que trafegavam logo atrás, resultando em uma sequência de impactos e destruição.


Cenas de desespero e madrugada de resgate

Logo após a colisão, o cenário era de caos e desespero. Equipes de resgate foram acionadas imediatamente, com bombeiros e socorristas trabalhando durante toda a madrugada para salvar vidas e retirar vítimas das ferragens retorcidas.

“Foi uma cena que ninguém jamais esquecerá. Ouvi gritos pedindo socorro e vi pessoas tentando quebrar janelas para escapar”, relatou uma testemunha à imprensa local.

O trânsito na rodovia ficou completamente interditado por várias horas, enquanto os trabalhos de resgate e limpeza eram realizados. Muitos passageiros ficaram presos dentro dos veículos, o que exigiu o uso de equipamentos pesados para cortar partes dos ônibus e liberar o acesso aos corpos. As equipes só conseguiram encerrar o atendimento por volta do amanhecer.


Feridos em estado crítico e hospitais sobrecarregados

As vítimas feridas foram encaminhadas para hospitais nas cidades de Luweero e Nakasongola, próximas ao local do desastre. Embora o número exato de hospitalizados ainda não tenha sido confirmado, as autoridades informaram que há pessoas em estado crítico, com queimaduras e múltiplas fraturas.

Diante da magnitude da tragédia, equipes médicas de outras regiões foram deslocadas para reforçar o atendimento. Hospitais locais ficaram sobrecarregados, e doações de sangue começaram a ser solicitadas. O governo destacou que todos os esforços estão sendo concentrados no atendimento aos sobreviventes e no apoio psicológico às famílias das vítimas.


Revisão do número de mortos e dificuldades na identificação

Em um primeiro momento, as autoridades informaram que 63 pessoas haviam morrido no acidente. No entanto, após a identificação e contagem dos corpos, o número foi revisado oficialmente para 46 vítimas fatais.

Segundo a polícia, o cenário de destruição dificultou as avaliações iniciais. “Alguns corpos estavam carbonizados e outros foram retirados do local por familiares antes da chegada das equipes oficiais”, explicou um porta-voz da corporação.

A identificação das vítimas continua em andamento, com o auxílio de peritos forenses e documentos pessoais encontrados entre os destroços. A expectativa é que a lista oficial seja divulgada nas próximas horas.


Governo promete investigação e reforço na segurança viária

O governo de Uganda lamentou profundamente o ocorrido e divulgou uma nota oficial prestando solidariedade às famílias das vítimas. O Ministério dos Transportes anunciou a abertura de uma investigação rigorosa para determinar as causas exatas da tragédia — se houve falha humana, problema mecânico ou deficiência na infraestrutura da rodovia.

O órgão também se comprometeu a reforçar a fiscalização nas estradas consideradas mais perigosas, especialmente as que conectam Kampala ao norte do país. “Precisamos agir agora para que tragédias como esta não se repitam”, afirmou um representante do governo.

Além disso, o ministério estuda implementar novas sinalizações, radares e campanhas de conscientização sobre os riscos da alta velocidade e das ultrapassagens indevidas.


Um alerta para a crise nas estradas de Uganda

Infelizmente, este não é um caso isolado. Os acidentes de trânsito têm se tornado uma epidemia silenciosa em Uganda. Dados recentes da polícia nacional revelam que, apenas em 2024, mais de 4.400 colisões foram registradas, resultando em 5.144 mortes — números alarmantes para um país com sistema rodoviário em constante deterioração.

As principais causas apontadas são excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas, má conservação das vias e falta de manutenção nos veículos. Especialistas em segurança viária alertam que sem investimentos estruturais e políticas públicas efetivas, as rodovias continuarão sendo palco de tragédias.

Organizações civis reforçam a necessidade de ações urgentes, como melhoria da sinalização, fiscalização rigorosa e educação para o trânsito. “A tragédia desta quarta-feira é mais do que um acidente — é um grito por mudanças, um lembrete de que cada vida perdida nas estradas representa uma falha coletiva”, afirmou um representante da Uganda Road Safety Network.


Conclusão: um país em luto e um chamado por mudanças

Enquanto as investigações continuam, Uganda amanheceu em luto, mergulhada em dor e indignação. Famílias choram suas perdas, enquanto o país tenta compreender mais uma tragédia que expõe fragilidades antigas e negligenciadas.

O desastre desta quarta-feira deve servir como ponto de reflexão e virada, incentivando medidas concretas para salvar vidas nas rodovias. Porque, no fim, cada quilômetro percorrido em segurança é uma vitória — e cada vida poupada, um passo em direção a um futuro mais humano e responsável no trânsito.

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