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Mensagem além da vida: psicografia atribuída a John Herbert traz alerta comovente do plano espiritual

O início de uma lenda: o homem por trás do nome John Herbert

John Herbert Buckup, conhecido carinhosamente pelo público como John Herbert ou simplesmente Johnny Herbert, foi muito mais do que um artista talentoso. Ele foi um símbolo de elegância, carisma e versatilidade no cenário artístico brasileiro. Nascido em 17 de maio de 1929, em São Paulo, o ator trazia em sua linhagem uma rica mistura de ascendências — francesa, inglesa e alemã — que refletiam a pluralidade de sua personalidade e de seu talento.

Antes de brilhar nos palcos e nas telas, Herbert seguiu um caminho tradicional. Formou-se em Direito e chegou a atuar no Departamento de Patentes de uma grande empresa. Mas o destino tinha outros planos: o jovem advogado logo percebeu que sua verdadeira vocação estava longe dos tribunais. O palco o chamava — e ele atendeu a esse chamado com paixão e coragem.


Da toga ao palco: a descoberta da verdadeira paixão

A decisão de abandonar uma carreira estável para mergulhar na incerteza do mundo artístico foi ousada, mas revelou-se acertada. John Herbert encontrou na atuação seu verdadeiro propósito de vida. Com talento natural e presença magnética, rapidamente conquistou espaço na televisão, no teatro e no cinema brasileiros.

Seu olhar expressivo e a forma intensa com que vivia cada personagem fizeram dele um dos atores mais admirados de sua geração. Herbert não apenas interpretava — ele vivia seus papéis, emprestando-lhes humanidade e emoção. Sua trajetória é um exemplo inspirador de coragem e autenticidade, mostrando que seguir o coração é, muitas vezes, o maior ato de fé que um artista pode ter.


Eva Wilma e John Herbert: um amor que marcou época na TV brasileira

Entre as décadas de 1950 e 1970, o nome de John Herbert esteve profundamente ligado ao de Eva Wilma, uma das maiores atrizes da dramaturgia nacional. Casados entre 1955 e 1976, eles não apenas compartilharam a vida pessoal, mas também construíram juntos momentos icônicos na história da televisão.

O casal protagonizou o inesquecível seriado “Alô Doçura”, um marco da teledramaturgia brasileira exibido durante os anos 1950 e 1960. A química entre os dois era tão natural que ultrapassava as telas, conquistando o público e tornando-se referência de parceria artística e amorosa.

Durante esse período, nasceram dois filhos:

  • Vivian Buckup, em 1956, que seguiria os passos dos pais na área artística e acadêmica;
  • John Herbert Junior (Johnnie), em 1958, que também trilhou caminhos criativos inspirados pelo legado familiar.

A separação em 1976 marcou o fim de um ciclo, mas não apagou o brilho da trajetória conjunta que os dois construíram com tanto talento e respeito mútuo.


Um novo amor e a serenidade da maturidade

Após o fim do casamento com Eva Wilma, John Herbert viveu uma nova fase de sua vida ao lado de Claudia Librach, fisioterapeuta e atriz. O relacionamento, iniciado em 1978, transformou-se em uma união sólida e duradoura que resistiu ao tempo — foram 32 anos de companheirismo, até o falecimento do ator em 26 de janeiro de 2011.

Dessa relação nasceram mais dois filhos:

  • Ricardo, nascido em 1979, que se tornou empresário de eventos;
  • Eduardo, nascido em 1983, administrador e fiel torcedor do Palmeiras, herança que compartilhava com o pai.

Essa segunda etapa da vida de John Herbert foi marcada pela tranquilidade e pelo equilíbrio. Claudia foi uma parceira que esteve presente em todos os momentos, oferecendo amor, apoio e estabilidade emocional, elementos essenciais para que ele continuasse a brilhar em sua carreira com a mesma intensidade.


O ator que marcou gerações com talento e emoção

Ao longo de sua carreira, John Herbert interpretou personagens inesquecíveis, transitando com maestria entre o drama, a comédia e o romance. Um de seus papéis mais lembrados é o de Agenor Barbosa, da novela “A Viagem”, produção que marcou profundamente o público brasileiro.

Sua interpretação foi carismática, envolvente e autêntica, consolidando sua imagem como um ator de múltiplas camadas — capaz de despertar risos e lágrimas na mesma cena. Herbert não buscava apenas representar, mas comunicar emoções reais, o que o tornou querido por colegas e fãs.

Mesmo após décadas de carreira, mantinha a mesma paixão pelo ofício, estudando, aperfeiçoando-se e apoiando novos talentos. Sua postura humilde e generosa nos bastidores fez dele uma figura admirada dentro e fora das câmeras.


O legado e a mensagem que atravessam o tempo

John Herbert faleceu em 2011, mas sua presença ainda ecoa na memória afetiva de milhões de brasileiros. Seu nome continua associado à excelência artística, à dedicação e à paixão pelo que fazia. Porém, o legado de Herbert ultrapassa a arte — ele representa a força de quem vive intensamente e deixa o mundo um pouco mais bonito com sua passagem.

Em um episódio que comoveu admiradores, uma carta psicografada atribuída a John Herbert surgiu após sua morte, contendo mensagens profundas e reflexivas. As palavras, cheias de serenidade, pareciam ecoar a mesma sabedoria e sensibilidade que o ator demonstrava em vida. Para muitos, esse gesto simbólico reforçou a ideia de que sua luz continua a brilhar, mesmo além do plano físico.

John Herbert Buckup não foi apenas um ator — foi um contador de histórias, um apaixonado pela vida e pela arte, um homem que soube viver cada papel com intensidade e amor. Seu nome permanece inscrito na história da cultura brasileira como um exemplo de talento, humanidade e inspiração eterna.

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