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Carro enterrado, esposas dos 4 homens desaparecidos, contam a verdad..Ler mais

A investigação sobre o desaparecimento dos quatro homens no Paraná ganhou novos contornos após a localização da picape usada pelas vítimas. O veículo foi encontrado na última sexta-feira, 12 de setembro, em Icaraíma, em um bunker improvisado na zona rural.

A descoberta trouxe à tona ainda mais questionamentos, pois durante a retirada do carro foram encontrados vestígios de sangue e marcas de tiros, indícios que reforçam a suspeita de execução planejada. O local foi revelado após uma carta anônima ser entregue à família de um dos desaparecidos, acrescentando mais mistério ao caso.

Contraste emocional: fé e desesperança dividem esposas dos desaparecidos

O drama, que já dura mais de um mês, chegou a um ponto de tensão quando as esposas de dois dos homens decidiram se manifestar publicamente, no último sábado (13). As declarações expuseram sentimentos distintos e revelaram a dimensão emocional que a tragédia provoca.

Meire Souza, esposa de Rafael Juliano Marascalchi, em entrevista à TV TEM, deixou transparecer sua fé inabalável:
“Eu não perdi a fé ainda não. Por mais fraca que eu esteja, eu ainda estou com fé”, declarou, emocionada, relatando a tortura psicológica diária que enfrenta.

Já Denise Cristina Pereira, esposa de Robishley Hirnani de Oliveira, mostrou-se exausta e sem esperança, em entrevista ao g1:
“Caso eles ainda estivessem vivos, iriam ter pressa para que tudo isso acabasse. Não tenho mais esperança”, desabafou, evidenciando o esgotamento diante da falta de respostas.

Linha do tempo: mais de um mês de incertezas e angústia

O desaparecimento ocorreu em 5 de agosto. Desde então, Robishley, Rafael, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza não foram mais vistos. Eles haviam saído de São Paulo rumo ao Paraná para cobrar uma dívida de aproximadamente R$ 255 mil, fruto de uma negociação envolvendo uma propriedade rural.

Pouco tempo após serem vistos em uma padaria de Icaraíma, o grupo desapareceu sem deixar rastros. Desde então, familiares e autoridades vivem em meio a incertezas e buscas incessantes, em um dos casos mais complexos da história recente da segurança pública paranaense.

Principais suspeitos: fazendeiros pai e filho estão foragidos

A principal linha investigativa da Polícia Civil sustenta que os quatro homens caíram em uma emboscada. Como suspeitos, foram apontados os fazendeiros Antonio Buscariollo, de 66 anos, e Paulo Ricardo Buscariollo, de 22, pai e filho.

Ambos prestaram depoimento no início das apurações, mas, após a expedição de mandados de prisão temporária, fugiram e permanecem foragidos. A fuga reforça ainda mais as suspeitas de participação no desaparecimento, mas também amplia as dificuldades da investigação.

Força-tarefa policial busca respostas e enfrenta obstáculos

Atualmente, as equipes policiais concentram esforços em buscas na região de Icaraíma, baseando-se nas evidências encontradas no veículo. Peritos analisam cuidadosamente cada vestígio de sangue e cada marca de tiro, na tentativa de construir uma linha cronológica que possa explicar o destino dos quatro homens.

Paralelamente, a caçada aos dois fazendeiros segue em andamento, mas as dificuldades geográficas da área rural tornam a missão ainda mais desafiadora. A cada novo detalhe revelado, aumenta a pressão por respostas rápidas, tanto por parte das famílias quanto da sociedade, que acompanha o caso com angústia.

Comunidade em choque: fé, medo e incerteza pairam no ar

Mais do que uma investigação criminal, o desaparecimento expôs um retrato humano de dor e resistência. O contraste entre fé e desesperança nas falas das esposas mostra que a tragédia vai muito além do noticiário policial. Ela se tornou um drama coletivo, que atinge não apenas os familiares, mas também a comunidade que acompanha cada passo da apuração.

Enquanto alguns acreditam que ainda é possível um desfecho positivo, outros já se preparam para o pior. Esse choque de emoções revela a dimensão da incerteza que domina o caso e reforça a necessidade de respostas urgentes.


📌 Conclusão: O desaparecimento de Robishley, Rafael, Diego e Alencar permanece envolto em mistério, marcado por investigações complexas, suspeitos foragidos e familiares dilacerados pela dor. A fé de uns e a desesperança de outros resumem o peso de um drama que ainda está longe de um desfecho — e que mantém em suspense não apenas os parentes, mas toda uma comunidade que clama por justiça.

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