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Família de homem que agrediu namorada brutalmente faz pedido: “Deix…Ver Mais

Caso que chocou o Brasil: a violência que parou Natal

Em meio à comoção nacional provocada pela brutal agressão contra uma jovem em Natal, a família do acusado, Igor Cabral, decidiu se pronunciar pela primeira vez. O comunicado oficial foi divulgado na última quarta-feira, 30 de julho, apenas alguns dias após a prisão do ex-jogador de futebol, e veio como resposta à onda de ameaças, ataques virtuais e represálias sofridas por parentes dele.
O crime ganhou repercussão nacional depois que imagens impactantes circularam nas redes sociais, mostrando Igor desferindo mais de 60 socos contra a namorada durante um ataque que teria ocorrido no sábado anterior. A vítima, gravemente ferida, segue em recuperação, enquanto o acusado permanece preso, aguardando o andamento do processo judicial.

“Não temos responsabilidade sobre os atos cometidos”

Na nota, a família adotou um tom de desabafo e apelo à razão.

“Reforçamos que os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos. São cidadãos comuns […]”, diz o comunicado.
O texto denuncia que endereços residenciais e locais de trabalho de parentes foram expostos nas redes sociais, colocando todos em risco. Além disso, uma das casas da família chegou a ser pichada com ameaças explícitas, aumentando o clima de medo e insegurança.

Justiça com as próprias mãos e perseguição a inocentes

A revolta popular contra a agressão se espalhou rapidamente, mas, junto com ela, vieram também atitudes de “justiça pelas próprias mãos” direcionadas a pessoas que nada têm a ver com o crime.
“Estamos sendo perseguidos, ameaçados. Não conseguimos sair às ruas sem medo. Nossa rotina foi destruída”, desabafa outro trecho da nota.
Os familiares afirmam que a perseguição afetou diretamente suas rotinas e a saúde emocional de todos, criando um cenário de constante tensão e medo.

Trabalho, reputação e segurança ameaçados

O comunicado também relata transtornos enfrentados no ambiente de trabalho de parentes que não tiveram qualquer envolvimento com o crime.

“O constrangimento e o medo tomaram conta. Pessoas estão sendo punidas por algo que não fizeram”, afirma o texto.
De acordo com a família, a exposição pública injusta está prejudicando carreiras e colocando em risco a segurança de pessoas inocentes.

Pedido por empatia e limites na revolta

Apesar de todo o caos, a família de Igor disse compreender a indignação popular diante da gravidade do caso.

“Também estamos consternados com a gravidade do ocorrido. Lamentamos profundamente. Mas pedimos que possamos viver em paz e retomar nossas vidas.”
Os parentes reforçam que não pedem perdão, mas sim o direito de seguir vivendo com dignidade e sem medo.

Reflexão: até onde vai a culpa?

O caso levanta um debate delicado: até que ponto é justo responsabilizar familiares pelos crimes de um ente querido?
Especialistas lembram que a violência contra a mulher é um problema estrutural que exige respostas firmes da Justiça, mas alertam que direcionar ódio e perseguição a inocentes não contribui para a solução.
O processo contra Igor Cabral segue em andamento, e ele deverá responder por lesão corporal grave, tentativa de feminicídio e outros crimes correlatos. A expectativa da sociedade é de que a Justiça atue com rigor e agilidade, garantindo que a vítima receba reparação e que casos como este não fiquem impunes.

Enquanto isso, três vozes ecoam neste caso: a da vítima, que luta para se recuperar; a da sociedade, que clama por justiça; e a da família do agressor, que, mesmo sem culpa, implora por uma trégua.

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