Essas foram as últimas palavras escritas pela mulher que foi agredida no elevador: ‘Ele disse que ia me mat…’

⚠️ Um ataque covarde em pleno condomínio de luxo
O que era para ser uma tarde comum em um condomínio em Ponta Negra, bairro nobre da Zona Sul de Natal, se transformou em um pesadelo. No sábado (26), uma mulher de 35 anos foi covardemente agredida por seu namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, de 29 anos. O crime aconteceu dentro do elevador do prédio onde a vítima reside, e as câmeras de segurança flagraram a sequência brutal de mais de 60 socos.
O caso deixou moradores, autoridades e a opinião pública em estado de choque. A violência foi tamanha que a mulher, ferida gravemente, perdeu a capacidade de falar e precisou escrever um bilhete para relatar o que havia acontecido aos policiais. “Eu sabia que ele ia me bater. Então, não saí do elevador. Ele começou a me agredir e disse que ia me matar”, escreveu ela, demonstrando o pavor vivido nos minutos que pareciam não ter fim.
📹 Câmeras de segurança revelam a brutalidade do crime
O ataque foi registrado pelas câmeras de segurança instaladas dentro do elevador. As imagens são contundentes e estarrecedoras. Elas mostram o momento exato em que o casal entra no elevador ainda discutindo. Assim que as portas se fecham, Igor parte para cima da mulher com uma sequência violenta de socos. O vídeo comprova, segundo os investigadores, que pelo menos 60 golpes foram desferidos em questão de minutos.
A violência do ataque deixou o rosto da vítima completamente desfigurado, coberto de sangue. Ela sofreu múltiplas fraturas faciais e no maxilar, sendo levada com urgência ao Hospital Walfredo Gurgel, onde aguarda cirurgia para reparação dos ferimentos.
Esse tipo de evidência em vídeo se torna peça-chave no processo criminal e pode acelerar a responsabilização do agressor. A Justiça já converteu a prisão em flagrante de Igor em prisão preventiva, e ele irá responder por tentativa de feminicídio.
🚨 Um pedido silencioso por socorro: o bilhete que comoveu os policiais
Sem conseguir falar devido às lesões, a vítima precisou comunicar-se de maneira desesperadora e silenciosa. Em um bilhete entregue à equipe da Polícia Militar no hospital, ela relatou o horror vivido e confirmou as ameaças de morte feitas por Igor durante o ataque. “Eu sabia que ele ia me bater. Então, não saí do elevador. Ele começou a me agredir e disse que ia me matar”, escreveu.
Esse gesto simples, mas extremamente corajoso, foi essencial para esclarecer os fatos diante das autoridades. O conteúdo do bilhete serviu não apenas como prova do crime, mas também como um grito de socorro que simboliza tantas outras mulheres que permanecem caladas por medo.
A rápida atuação dos policiais e da equipe médica foi determinante para preservar a vida da vítima e garantir a prisão imediata do agressor.

🧩 Ciúmes, controle e violência: os bastidores do ataque
De acordo com relatos de testemunhas, o motivo da discussão teria sido uma crise de ciúmes por parte do agressor. O desentendimento teve início na área da piscina do condomínio. Segundo Iranilda Oliveira, vizinha da vítima, o casal aparentava estar em conflito durante uma comemoração familiar.
“Eles estavam na piscina, um pouco afastados de nós. De repente, vimos ele pegar o celular e jogar na água. Ela se levantou, e ele foi atrás. Não acompanhamos o que aconteceu depois”, relatou Iranilda à Inter TV Cabugi.
Uma amiga próxima da vítima, que preferiu não ser identificada, afirmou que o comportamento agressivo de Igor não era novidade, mas que a gravidade da situação naquele sábado superou qualquer expectativa. A sequência de violência física, somada à ameaça de morte, deixou a mulher em estado de pânico e com risco de vida real.
🛡️ A reação dos moradores e a ação rápida da segurança
A cena de horror foi testemunhada, ainda que parcialmente, por moradores e pelo segurança do prédio, que acompanhava as imagens em tempo real. Ao perceber a brutalidade da agressão, o vigilante acionou a Polícia Militar imediatamente.
Quando o elevador chegou ao térreo, o agressor foi contido por moradores até a chegada dos policiais, que o prenderam em flagrante. Essa ação coletiva foi crucial para evitar que a vítima sofresse danos ainda mais graves ou que Igor fugisse do local.
Esse caso reforça a importância da vigilância ativa em condomínios e da atuação responsável de vizinhos diante de situações de violência doméstica.
📢 Violência contra a mulher: onde e como denunciar
Casos como este não podem ser ignorados. A violência contra a mulher é uma grave violação dos direitos humanos e deve ser combatida com seriedade e compromisso por toda a sociedade. O silêncio alimenta o ciclo da agressão. Denunciar é o primeiro passo para salvar vidas.
Veja como buscar ajuda ou denunciar:
- Polícia Militar – 190: Utilize este número em situações de emergência.
- Polícia Civil – 181: Canal destinado a denúncias anônimas.
- Central de Atendimento à Mulher – 180: Serviço nacional que acolhe denúncias, orienta as vítimas e as encaminha para a rede de atendimento.
Além desses canais, existem Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), casas de acolhimento, serviços psicossociais e jurídicos que integram uma rede de apoio fundamental para mulheres em situação de risco.
✊ Que este caso seja um marco contra a impunidade
A história dessa mulher, marcada por dor e coragem, precisa ser amplamente divulgada e servir como alerta. Não é apenas mais um caso de agressão. É um retrato do perigo real que milhares de mulheres enfrentam todos os dias, muitas vezes dentro do próprio lar ou em relacionamentos que deveriam oferecer segurança e afeto.
A resposta da Justiça, da polícia e da sociedade deve ser firme e sem concessões. Igor Eduardo Cabral agora enfrentará a lei por tentativa de feminicídio, crime grave que exige punição exemplar.
É preciso, acima de tudo, criar uma cultura de intolerância à violência de gênero. Que cada denúncia seja acolhida, cada agressor responsabilizado e cada mulher ouvida — mesmo quando sua voz se transforme em um bilhete escrito com lágrimas e medo.