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Dona Ruth é acusada de ficar com o seguro das vítimas do acidente de avião de Marília; “Ela desv…Ver Mais

Três anos após o acidente aéreo que chocou o Brasil e calou uma das vozes mais queridas da música sertaneja, o nome de Marília Mendonça volta aos holofotes — não por sua obra ou homenagens, mas por uma controvérsia envolvendo a partilha de um seguro milionário. Dessa vez, o centro da discussão não é a dor dos fãs, mas sim uma possível disputa financeira encabeçada pela própria mãe da cantora, Dona Ruth Moreira.

A dor deu lugar à disputa: a proposta polêmica feita menos de 24 horas após a tragédia

No dia 5 de novembro de 2021, o Brasil parou diante da notícia da queda do avião em Piedade de Caratinga (MG), que vitimou Marília Mendonça, seu tio e assessor Abicieli Dias, o produtor Henrique Ribeiro (conhecido como Henrique Bahia), o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarciso Viana. A comoção nacional foi imediata, e milhares de homenagens foram prestadas à “Rainha da Sofrência”.

Contudo, segundo informações reveladas recentemente pelo jornalista Ricardo Feltrin, menos de 24 horas após o acidente, Dona Ruth teria procurado a seguradora responsável pela aeronave para discutir o valor da apólice. Ao tomar conhecimento de que o seguro da aeronave era de 1 milhão de dólares — equivalente a cerca de R$ 5,4 milhões na cotação da época —, ela teria feito uma sugestão que causou indignação.

Feltrin afirma que a proposta feita por Ruth Moreira foi clara: ficar com 50% de todo o valor, ou seja, 500 mil dólares, sob a justificativa de que sua filha seria “a mais importante de todos” os ocupantes da aeronave. A divisão restante — 500 mil dólares — seria então distribuída igualmente entre os familiares das outras quatro vítimas.

Um argumento controverso e a reação das famílias das vítimas

A apólice de seguro previa uma cobertura de 200 mil dólares para cada vítima, incluindo Marília. No entanto, a proposta de Dona Ruth teria reduzido significativamente o valor destinado a cada uma das demais famílias, deixando-os com 100 mil dólares cada.

Essa divisão provocou desconforto imediato entre os parentes dos outros falecidos, principalmente porque, segundo Feltrin, Ruth deixou claro que não recuaria da proposta. Em uma reunião que ela mesma teria convocado com os familiares das vítimas, a mãe da cantora avisou que, caso alguém se opusesse ao acordo, estava preparada para enfrentar uma longa batalha judicial.

A declaração teria sido direta e assertiva: Dona Ruth afirmou que possuía recursos financeiros suficientes para bancar os custos de um processo, mesmo que ele se arrastasse por anos nos tribunais.

Tio da cantora também teria sido prejudicado na divisão

Um detalhe que agravou ainda mais a situação foi o destino da parte referente a Abicieli Dias, tio de Marília e, portanto, também parente direto de Dona Ruth. Apesar do laço familiar, os rumores indicam que a proposta de divisão feita por Ruth também teria reduzido a quantia destinada à família dele.

O gesto foi interpretado por muitos como um sinal de frieza e pragmatismo excessivo, gerando um novo capítulo de dor em meio ao luto que ainda ecoa entre as famílias dos outros ocupantes da aeronave.

“A matéria que esperamos há anos”: desabafo do pai de Henrique Bahia expõe feridas abertas

A repercussão da revelação feita por Ricardo Feltrin foi imediata. Nas redes sociais, o pai de Henrique Bahia, que também morreu no acidente, demonstrou apoio ao conteúdo da reportagem e alívio pelo assunto finalmente vir a público. Em uma publicação, ele escreveu:
“A matéria que esperamos há anos”, dando a entender que o incômodo com a situação era antigo, mas ainda não havia encontrado espaço na mídia.

O episódio reacendeu um debate delicado: o que acontece nos bastidores de tragédias envolvendo celebridades? Onde termina o luto e começa a disputa por direitos e valores financeiros? São questões difíceis, mas que continuam surgindo sempre que o silêncio dá lugar a novas revelações.

Silêncio de Dona Ruth e o peso da ausência de Marília

Até o momento, Dona Ruth não se pronunciou oficialmente sobre as acusações relatadas por Feltrin. Tampouco há informações confirmadas sobre algum processo judicial formalizado pelas famílias das vítimas em relação à partilha do seguro.

Mesmo assim, o caso levanta questionamentos éticos e emocionais profundos, sobretudo porque envolve a memória de uma artista que ainda é idolatrada por milhões de brasileiros. Marília Mendonça, com sua voz potente e letras sensíveis, se tornou símbolo de empatia e força feminina. Sua morte não apenas interrompeu uma carreira brilhante, como também deixou um vazio em corações por todo o país.

O episódio mostra que, infelizmente, nem mesmo o luto coletivo é capaz de impedir que disputas financeiras surjam em momentos de dor extrema.


Conclusão: além dos números, ficam as cicatrizes emocionais

A comoção causada pela morte de Marília Mendonça jamais será esquecida. O Brasil perdeu uma de suas maiores vozes, e cinco famílias enfrentaram uma perda irreparável. Mas agora, com as novas revelações, a tragédia ganha contornos ainda mais tristes.

Disputas por dinheiro, por mais legítimas que possam parecer sob a ótica de contratos ou valores de mercado, se tornam mais dolorosas quando envolvem laços familiares, promessas não cumpridas e vidas abruptamente interrompidas.

Enquanto o caso segue sem esclarecimentos oficiais e a verdade completa ainda permanece em sombras, resta ao público o desconforto de perceber que, por trás da música e da fama, também existem dores silenciosas, decepções e batalhas travadas longe dos palcos.

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