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Instrutor que abandonou Brasileira que caiu em vulcão, confessa q… Ver mais

O que era para ser mais uma aventura inesquecível pelas paisagens vulcânicas da Indonésia se transformou em um drama angustiante que mobiliza equipes de resgate, voluntários e o mundo inteiro. Juliana Marins, brasileira de 26 anos, está desaparecida há mais de três dias em uma das regiões mais inóspitas do Monte Rinjani, na ilha de Lombok — e a cada hora que passa, cresce a tensão e o desespero em torno do seu resgate.

Ela foi vista pela última vez durante uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani, um trajeto conhecido tanto por sua beleza quanto pelos riscos naturais. Agora, o que deveria ser uma jornada de contemplação se tornou palco de uma corrida contra o tempo.


“Ela estava caída em um barranco”: o relato que mudou tudo

A reviravolta na narrativa veio com o depoimento de Ali Musthofa, o guia local que acompanhava Juliana na expedição. Pressionado por rumores de abandono nas redes sociais e por mensagens públicas da família da jovem, Ali decidiu quebrar o silêncio.

Eu não a deixei”, afirmou, com a voz embargada. “Esperei por ela três minutos à frente. Quando notei que ela não aparecia, voltei e procurei no último ponto de descanso. Foi então que vi, 150 metros abaixo, a luz da lanterna dela. Ela estava caída em um barranco.

O guia descreveu o momento com pesar. A imagem de Juliana, ferida e isolada, tentando sinalizar sua localização no meio da escuridão, é devastadora. A trilha, inicialmente tranquila, se revelou um pesadelo. A partir desse ponto, toda a esperança se voltou à delicada — e quase impossível — operação de resgate.


Um penhasco, um drone e uma missão quase suicida

A busca por Juliana se intensificou depois que imagens de drone, captadas no dia 23 de junho, localizaram a jovem em um penhasco rochoso, cerca de 500 metros abaixo da trilha. A posição, extremamente difícil de acessar por terra, exige perícia técnica, equipamento especializado e, sobretudo, tempo — um recurso que se torna cada vez mais escasso.

Montanhistas profissionais, equipes de resgate do governo da Indonésia e especialistas em alpinismo de alta dificuldade foram mobilizados. No entanto, as condições climáticas instáveis — neblina, ventos fortes e chuvas ocasionais — obrigaram a suspensão de várias tentativas de aproximação.

A solução mais viável? Um helicóptero com sistema de içamento vertical. Mas essa estratégia exige precisão cirúrgica e um céu limpo, o que até agora não ocorreu. E, enquanto isso, a janela de resgate ideal — 72 horas — se fecha rapidamente.


“Ela está há três dias sem água, sem comida, sem agasalho”: o apelo desesperado da família

Do outro lado do planeta, a angústia corrói cada segundo da família de Juliana. A irmã da jovem, Mariana Marins, se tornou a voz da esperança e da cobrança por agilidade nas redes sociais. Em uma publicação comovente, ela desabafou:

“Ela está há três dias sem água, sem comida, sem agasalho. Não há mais tempo a perder.”

O contato inicial com as autoridades foi dificultado pela falta de sinal e pela localização remota. A virada veio com a ação de turistas solidários, que utilizaram drones para captar imagens e enviaram os registros diretamente para os familiares e autoridades — ação que, segundo Mariana, salvou a vida da irmã naquele momento.

A embaixada brasileira em Jacarta está envolvida na articulação diplomática e logística, enquanto grupos de voluntários e montanhistas experientes tentam identificar rotas alternativas até o ponto onde Juliana foi vista pela última vez.


Falha humana ou tragédia inevitável? As perguntas que ninguém quer fazer

O caso ainda levanta uma série de questionamentos desconfortáveis, mas inevitáveis. Houve negligência na condução da trilha? O resgate demorou demais a ser acionado? Os equipamentos de segurança eram suficientes?

Essas dúvidas ecoam entre especialistas, jornalistas e internautas, mas permanecem sem resposta oficial. O que se sabe é que, mesmo com anos de experiência, guias e trilheiros enfrentam riscos extremos nas montanhas da Indonésia, onde mudanças climáticas bruscas e o terreno instável são desafios constantes.

Em meio a tudo isso, o silêncio de Juliana — que não emitiu mais sinais desde que foi avistada pela última vez — atormenta os que acompanham o caso. Sua imagem, acenando com uma lanterna na escuridão total, virou um símbolo de resistência e desespero.


Entre a rocha e a esperança: o mundo torce pela sobrevivente do Rinjani

Enquanto os primeiros raios de sol surgem sobre o Monte Rinjani e desaparecem nas noites geladas, cada minuto conta. Juliana Marins está lá, sozinha, entre a rocha e a esperança, aguardando por uma chance de ser resgatada com vida.

O caso extrapolou fronteiras, com cobertura da imprensa internacional e comoção nas redes. Pessoas do mundo inteiro compartilham mensagens de apoio, orações e pressão por uma ação mais eficaz. A espera é sufocante — e o tempo cruel.

Mas onde há vida, há esperança. E é essa centelha que move cada passo dos que se arriscam para trazê-la de volta.


🕯️ Acompanhe em tempo real as atualizações desse caso, que mistura coragem, tragédia e uma luta feroz contra o impossível. Juliana Marins não é apenas uma turista em perigo — ela é um símbolo da fragilidade e da força humanas diante da natureza selvagem.

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