Escola para Bebês Reborn? Proposta Agita a Internet e Divide Opiniões; Veja o Vídeo

Uma ideia surpreendente está dando o que falar nas redes sociais: a criação de uma escola especialmente voltada para bebês reborn — bonecos hiper-realistas que imitam bebês de verdade. A proposta, embora envolta em controvérsias, está despertando curiosidade, fascínio e, claro, debates acalorados. A pergunta que não quer calar é: onde está o limite entre a paixão e a fantasia?
Com um tom afetuoso e promissor, a idealizadora do projeto afirma que “seu bebê reborn dará os primeiros passos para uma etapa importante da vida”. A frase, apesar de simbólica, carrega um peso emocional que mexe com milhares de pessoas envolvidas nesse universo.
O que são os bebês reborn e por que despertam tanta devoção?
Para quem não está familiarizado, bebês reborn são bonecos criados com extremo realismo — com veias, textura de pele, peso e até batimentos cardíacos simulados. Eles são objetos de colecionismo e também utilizados com finalidades terapêuticas, como no tratamento de depressão, luto, ansiedade e até no cuidado de idosos com Alzheimer.
Mais do que simples bonecos, os reborns representam uma ligação emocional profunda para muitos de seus donos, que os tratam como verdadeiros filhos. É comum vê-los com nomes, roupas, carrinhos de bebê e até certidões de nascimento. Não à toa, esse universo se transformou em uma comunidade sólida, com grupos, feiras, influencers e agora — possivelmente — uma escola dedicada exclusivamente a eles.
A proposta da escola reborn, apesar de parecer surreal para alguns, é vista por outros como um avanço natural dentro desse nicho que não para de crescer. Seria um novo nível de imersão, onde os cuidadores podem simular a experiência escolar dos “filhos” em ambientes lúdicos e educativos, com interações sociais e “atividades pedagógicas” simbólicas.
Escola para bonecos ou terapia emocional? Entenda a proposta por trás da polêmica
A criadora da escola para bebês reborn, cujo nome ainda não foi revelado, afirma que a proposta não se trata apenas de uma “brincadeira elaborada”, mas de um espaço acolhedor e terapêutico para quem vê nos reborns uma fonte de afeto, superação e bem-estar. A ideia é oferecer rotinas estruturadas que simulem o dia a dia escolar de uma criança, com direito a lancheiras, horário de entrada e saída, atividades em grupo, e até “boletins escolares”.
Ainda segundo a idealizadora, tudo será conduzido com respeito e empatia. “Nosso objetivo é proporcionar experiências afetivas significativas para os cuidadores. Cada bebê reborn terá seu espaço, será cuidado e estimulado dentro de uma rotina simbólica que reforça vínculos afetivos”, explicou em um vídeo nas redes sociais.
Contudo, a proposta está longe de ser unanimidade. Nas redes, os comentários vão de elogios entusiasmados a críticas ácidas. “Isso é doentio”, disse um internauta. “Mas é fofo e respeitável se for terapêutico”, defendeu outro. Psicólogos ouvidos por portais de notícias afirmam que, em certos contextos, a proposta pode sim ter um impacto positivo, desde que não substitua relações humanas reais.
Limites entre fantasia e realidade: quando o lúdico se torna controverso
Um dos pontos mais discutidos nesse debate é justamente o limite entre a fantasia saudável e a alienação emocional. Para alguns críticos, a criação de uma escola para bonecos pode ultrapassar uma linha tênue, incentivando a fuga da realidade em vez do enfrentamento de questões emocionais.
Especialistas em saúde mental alertam que o uso terapêutico dos reborns precisa ser acompanhado de orientação profissional, especialmente em casos de luto ou depressão. “Tratar um boneco como um filho pode ajudar no processo de elaboração de sentimentos, mas se isso se prolonga indefinidamente ou impede a pessoa de viver novas experiências, o recurso pode se tornar prejudicial”, explica a psicóloga e arteterapeuta Sandra Linardi.
Por outro lado, educadores e terapeutas que utilizam reborns com idosos e crianças com necessidades especiais enxergam na proposta um potencial pedagógico e afetivo. “Muitos idosos com Alzheimer se sentem mais tranquilos quando cuidam de um reborn. É uma forma de estimular o afeto, a empatia e a memória”, comenta a terapeuta ocupacional Carla Duarte.
A nova fronteira do afeto: hobby, terapia ou mercado de luxo?
Independentemente das críticas, o fato é que o universo reborn se consolidou como um mercado em expansão. Os bonecos, que podem custar de R$ 500 a mais de R$ 10 mil, movimentam lojas, feiras especializadas, ateliês e canais de conteúdo. A ideia da escola surge justamente como um passo natural dentro de um ecossistema que não para de crescer — seja por questões emocionais, sociais ou econômicas.
Na prática, a proposta pode abrir portas para novos modelos de negócios no setor, desde escolas e creches temáticas até espaços de convivência, oficinas de maternagem simbólica e experiências sensoriais. Tudo isso regado a um elemento cada vez mais valorizado em tempos de hiperconexão e isolamento: o vínculo emocional.
A escola para bebês reborn pode ser vista, portanto, como mais do que uma excentricidade. Ela escancara questões profundas sobre como nos relacionamos com o afeto, com a ausência, com o luto, com a infância e até com o próprio tempo. E, claro, mostra como o ser humano continua buscando formas de amar, cuidar e ser cuidado — mesmo que de forma simbólica.
Veja o vídeo: AQUI