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Adeus à eterna Abigail: Márcia Manfredini morre e deixa legado inesquecível na TV brasileira

O Brasil se despede de uma de suas figuras mais queridas da televisão. A atriz Márcia Manfredini, que conquistou o coração do público ao interpretar a inesquecível Abigail, em A Grande Família (TV Globo), faleceu nesta última segunda-feira (5). A artista, que atualmente integrava o elenco da comédia Família Paraíso, também da Globo, partiu de forma inesperada, deixando uma legião de fãs, colegas e familiares em luto.

A notícia foi divulgada inicialmente pelos atores Kiko Mascarenhas e Blota Filho, amigos pessoais de Márcia, por meio das redes sociais. Em seguida, a informação foi confirmada pela filha da atriz, Luiza Manfredini, ao portal Splash. Apesar da comoção gerada, a causa da morte ainda não foi revelada à imprensa até o momento.

O filho de Márcia, o diretor e produtor Nicolas Manfredini, usou suas redes sociais para prestar uma emocionante homenagem à mãe. Em um texto breve, mas carregado de sentimento, ele compartilhou a dor da perda:

“É com imensa dor que comunico que minha mãe terminou hoje sua missão na terra. É difícil nesse momento resumir em palavras e até lágrimas a imensidão de que foi sua vida”, escreveu.


Uma trajetória marcada por talento e carisma nas telas

Márcia Manfredini construiu uma carreira sólida e marcante ao longo das últimas décadas. Sua interpretação da vizinha fofoqueira Abigail em A Grande Família, um dos maiores sucessos do horário nobre da TV Globo entre 2001 e 2014, foi um divisor de águas. Com humor afiado e presença magnética, a personagem se tornou uma das mais lembradas do seriado. Abigail era dona de uma locadora e vivia às turras com os moradores da famosa família Silva. Ao lado do parceiro Beiçola (interpretado por Marcos Oliveira), ela arrancava risadas e cativava com seu jeito autêntico.

A versatilidade de Márcia também ficou evidente em outros projetos da Globo. No seriado Sandy & Junior, ela deu vida à carismática Dona Irene, responsável pela cantina da escola frequentada pelos protagonistas. Sua atuação leve e divertida encantou o público infantojuvenil da época.

Além disso, a atriz participou de novelas e produções importantes como “Êta Mundo Bom!” (2016), “Carinha de Anjo” (2016) e “Deus Salve o Rei” (2018), provando sua capacidade de transitar por diferentes gêneros com naturalidade e brilho.

No cinema, Márcia também deixou sua marca. Ela esteve presente em filmes como Sábado (1994), Alô? (1995), Carrossel: O Filme (2015) e Eu Sou Brasileiro (2019), mostrando que sua arte ultrapassava os limites da TV.


Despedida comovente: colegas de profissão se manifestam

A notícia da morte de Márcia Manfredini gerou uma onda de comoção nas redes sociais. Artistas que conviveram com a atriz ao longo dos anos prestaram homenagens emocionadas, lembrando não só do talento profissional, mas da mulher generosa, espirituosa e luminosa que ela foi.

Blota Filho, amigo íntimo da atriz, publicou um desabafo tocante:

“Minha melhor amiga! Um ser de luz e amor! Sempre rindo de tudo! Ontem nos falamos por 2 horas! Você vai fazer muita falta na minha vida! Biiii, segue com luz e muita, porque foi luz que você espalhou por aqui! Não acredito até agora! Mas Deus sabe o que faz! Gratidão por tudo que passamos, rimos e vivemos nesses 30 anos de união! Te amo, magrela!”

Também emocionado, Kiko Mascarenhas se pronunciou:

“Acabei de saber do falecimento da querida Márcia Manfredini. Tão prematuramente? Uma tristeza. Aos familiares e amigos, meus sentimentos sinceros. Descanse em paz, querida.”

As palavras dos colegas retratam não apenas a dor da perda, mas a profundidade dos vínculos que Márcia construiu ao longo da vida. Uma artista que, além do palco e das câmeras, era presença afetuosa nos bastidores e na vida de quem a cercava.


Márcia Manfredini: muito além da atriz, um símbolo de afeto e alegria

A morte de Márcia Manfredini interrompe uma trajetória repleta de contribuições valiosas para a dramaturgia nacional. Mas seu legado permanece vivo — em cada cena marcante, em cada risada provocada, em cada personagem que tocou o público com verdade e humanidade.

Não é fácil dizer adeus a alguém que marcou gerações com sua arte e espontaneidade. Márcia era mais do que uma atriz: era uma contadora de histórias nata, uma mulher que transformava qualquer papel em algo autêntico. Seja no papel de vizinha intrometida, de dona de cantina ou de mãe carinhosa nas tramas, havia sempre algo dela mesma: um brilho especial que vinha de dentro.

Sua presença em Família Paraíso, exibida nas tardes de domingo, mostrava que, mesmo após anos de carreira, ela seguia em plena forma, entregando atuações que misturavam humor, leveza e uma rara sensibilidade.

Neste momento de despedida, resta ao público, colegas e familiares a missão de celebrar sua existência. A obra de Márcia Manfredini permanece como parte da memória afetiva de milhões de brasileiros, que riram e se emocionaram com suas interpretações marcantes.

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