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Lula não cumprimenta Trump em funeral do papa Francisco e o motivo foi: “Não olhei nem… Ver mais

Durante a cerimônia fúnebre do Papa Francisco, realizada em Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compartilhou bastidores de sua participação no evento que reuniu líderes de todo o planeta. Em entrevista após a cerimônia, Lula revelou que não chegou a cumprimentar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também esteve presente.

Conforme explicou, sua atenção estava totalmente voltada à organização de sua equipe e à logística da saída, que enfrentava certa confusão. “Não olhei nem para o lado. Não vi o Trump, na verdade”, afirmou Lula, reforçando que, diante do tumulto, não teve nem tempo nem disposição para interações sociais.

A solenidade, que marcou um dos momentos mais simbólicos do cenário diplomático recente, também abriu espaço para discussões sobre temas globais sensíveis, como a guerra na Ucrânia e o conflito no Oriente Médio.

“Não Vi o Trump”: A Concentração de Lula em Meio à Diplomacia Global

Enquanto dezenas de chefes de Estado, monarcas e representantes de diversas nações se reuniam para prestar homenagem ao Papa Francisco, Lula estava focado em um único objetivo: garantir sua saída segura do local. Segundo o presidente, o clima era de certa tensão na logística do evento, o que o impediu de notar a presença de outras figuras políticas importantes.

Mesmo diante de uma oportunidade rara de encontros informais entre lideranças mundiais, Lula optou pela cautela. Sua fala deixa claro que, em momentos de grande comoção internacional, a segurança e o foco institucional se sobrepõem às questões políticas.

Donald Trump, que antes da cerimônia realizou uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também esteve no evento, mas sem interação com o presidente brasileiro. “Eu estava preocupado em sair direito dali, então não vi Trump nem procurei ninguém”, acrescentou Lula, evidenciando seu compromisso com a seriedade do momento.

A Guerra na Ucrânia e a Postura Brasileira: “O Caminho é o Diálogo”

Durante a entrevista, Lula foi questionado sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura anos e causa impactos humanitários e econômicos profundos. Sem hesitar, o presidente brasileiro reafirmou sua defesa incondicional pela diplomacia.

“Essa guerra já perdeu o sentido. Ninguém consegue mais justificar tamanha violência, e poucos falam em paz”, declarou Lula, expressando sua preocupação com a escalada do conflito e a ausência de propostas efetivas de negociação.

Sobre a reunião entre Trump e Zelensky, que havia ocorrido pouco antes do funeral e foi considerada produtiva pela Casa Branca, Lula evitou comentários específicos. Disse não conhecer os detalhes da conversa e reforçou que, independentemente do conteúdo, acredita que a solução passa obrigatoriamente pela abertura de diálogo entre as partes envolvidas.

O presidente também reafirmou que o Brasil continuará exercendo pressão diplomática para que se construa uma mesa de negociações sólida, buscando caminhos reais para a paz.

Violência em Gaza: Lula Alerta para Outra Crise Ignorada

Lula não restringiu sua preocupação apenas à Europa. Em seu discurso à imprensa, ele também abordou a crescente violência na Faixa de Gaza, envolvendo Israel e Palestina. Segundo o presidente, a busca por soluções diplomáticas precisa ser global e não seletiva.

“Não é só a Rússia e a Ucrânia que precisam de paz. A violência que Israel está cometendo contra Gaza também exige intervenção e diplomacia”, afirmou com firmeza.

A fala de Lula reflete sua visão de que a comunidade internacional precisa agir de maneira equilibrada, evitando o uso de dois pesos e duas medidas quando o assunto é a defesa dos direitos humanos e da soberania dos povos.

Ao colocar a crise palestina no mesmo patamar de importância que o conflito europeu, o presidente brasileiro sinalizou que o Brasil pretende desempenhar um papel ativo e abrangente na busca pela paz mundial.

Funeral do Papa Francisco: Um Palco de Relevância Histórica e Diplomática

O funeral do Papa Francisco foi mais do que uma despedida simbólica a um dos líderes religiosos mais influentes do nosso tempo; tornou-se também um ponto de convergência para lideranças políticas de diferentes partes do mundo. Mais de 130 delegações internacionais estiveram presentes, incluindo 50 chefes de Estado e 10 monarcas.

Do Brasil, além de Lula, marcaram presença o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre; e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Essa expressiva comitiva demonstrou a importância atribuída pelo governo brasileiro ao evento e ao legado do Papa Francisco.

A magnitude da cerimônia e o número de autoridades reunidas transformaram o funeral em um espaço informal para discussões diplomáticas e aproximações políticas, ainda que Lula, por questões de foco e segurança, tenha preferido manter distância dessas interações.

O encontro reforçou também o reconhecimento mundial do papel do Papa Francisco como defensor da paz, dos direitos humanos e da justiça social — temas que continuam a ressoar nos discursos e ações políticas de líderes globais, como Lula.

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